2022 foi um ano diferente pra mim: na primeira semana, no dia 7 de janeiro, comemorei 30 anos e completei o “retorno de Saturno”, aquele ciclo de 29 anos que marca o momento em que esse planeta retorna ao mesmo ponto que estava quando você nasceu. Parece que é normal repensar toda a sua vida e fazer novos planos, estabelecer outras prioridades quando você está próximo dessa idade. De fato, tudo mudou pra mim, e eu me vi nesse mesmo mês de joelhos no chão da minha casa no espaço em que era o escritório da minha empresa fazendo uma oração. Eu chorei e pedi pra Deus me mostrar um novo caminho, era como se eu sentisse que um ciclo estava se encerrando na minha vida, queria entender qual era meu propósito. Desde os meus 21 anos eu fui empreendedora e achava que essa era a minha missão maior na vida, porém, eu queria mais. Eu sentia como se parte de mim já estivesse feliz e realizada, mas outra parte queria impactar a vida de ainda mais mulheres: eu queria servir a elas e eu já não sabia como, tudo o que eu fazia ainda parecia pouco para o tanto que eu almejava. Eu rezei, e falei que continuaria entregando a minha vida, meu trabalho e tudo o que eu tinha a qual caminho fosse, desde que para um bem maior. 15 dias depois, eu descobri que estava grávida.
Do início ao fim, a gravidez foi transformadora pra mim. Eu me vi mais vulnerável do que jamais estive, dependendo de outras pessoas de formas como nunca antes, o que, para mim que sempre fui dona de mim mesma, foi muito desafiador. Eu me vi sendo obrigada a respeitar meu corpo muito mais do que antes, me vi precisando olhar muito mais pela minha saúde do que uma capricorniana workaholic costumava fazer. Porém, mais do que nunca, durante a gravidez eu pude perceber o quanto todas as mulheres com quem eu tive trocas de alguma forma me transformaram em quem eu sou hoje, e o quanto elas me ampararam de todas as maneiras. Graças à Ov e ao meu trabalho durante todo esse tempo, eu cruzei com pessoas que me transformaram: desde a maneira como eu via e vejo o mundo, até como eu olho para mim mesma. Elas mudaram, inclusive, a minha visão sobre a maternidade.
Quem é ovelha raiz pode lembrar que, em 2020, fizemos uma série no mês das mães sobre maternidade real em busca de trazer mais conhecimento para outras pessoas que, como eu, eram leigas nesse tema. Minha busca era por ter mais empatia para com outras realidades diferentes da minha, já que eu não desejava a maternidade e achava que jamais seria mãe. Em troca, tive uma sementinha plantada no meu coração: as mesmas mulheres que tanto me auxiliaram dividindo suas realidades com as ovelhas, participando de lives, dando depoimentos e criando conteúdo comigo na Ov, se tornando clientes ou mesmo fãs da marca, nesse ano me trouxeram todo o amparo que eu precisei na gestação. Graças a elas eu tive todo o conhecimento que precisava pra passar tão bem por essa fase, mas também pra ter um parto exatamente como eu queria. Eu não sabia, mas aprendi o quanto não nos é permitido ter acesso a toda a nossa potência, poder e capacidade de parir como desejamos. Eu idealizei um parto natural, vaginal, sem anestesia ou interferência de nenhum tipo, e foi somente graças a toda rede de apoio que a Ov trouxe pra minha vida, que eu conquistei isso. Eu fiz o meu parto, do início ao fim, e foi a experiência mais forte, selvagem e intensa que eu já vivi. Eu renasci.
Hoje eu sou só gratidão a todas vocês: desde as que mandaram um simples coraçãozinho nos stories, até as que comentaram algo positivo e fofo sobre a minha gravidez, às que fizeram compras pra apoiar esse momento em que é mais importante do que nunca a gente ter retorno financeiro do nosso trabalho; agradeço de todo o meu coração aquelas que simplesmente ficaram por aqui, mesmo com a minha ausência durante esse último mês ou mesmo nas minhas tentativas frustradas muitas vezes de gerar conteúdo e não ter energia pra isso durante a gravidez. Agradeço de todo o meu coração também às ovelhas que me mandaram conselhos, que compartilharam dicas comigo e vivências sobre si, ou ainda as que chegaram a enviar fisicamente presentes pra nossa casa e pro nosso bebê. Agradeço ainda às que semanalmente queriam saber como eu estava, as que me levaram tomar um café pra espairecer e as que me emprestaram roupas de gestante; às que se disponibilizaram caso eu precisasse de qualquer coisa, as que se organizaram pra fazer um chá de bençãos pra mim – que eu não conhecia e não sabia que era tão importante, mas que fez TODA a diferença na reta final. Teve até ovelha que descobriu que era minha cliente na sala de parto, e quando viu minhas tatuagens me reconheceu (juro!).
Mais do que nunca, hoje eu honro essa marca, essa história, que está marcada na minha pele e foi a primeira tatuagem que eu fiz em 2013: um crucifixo no punho esquerdo, que na época era a logo da marca e que simbolizava minha dedicação. Essa mesma tatuagem que eu reformei nesse ano e que renasceu, junto comigo em 2022. Como uma fênix que surge das cinzas, sinto que esses 9 anos foram uma “gestação” também de algo novo, que eu ainda desconheço e que está começando a nascer. Uma sementinha brotando, e ainda que eu tenha tido dúvidas e repensado TUDO acerca do futuro da marca, mais do que nunca hoje eu tenho orgulho dessa história. Hoje eu vejo que tudo o que sou é graças à Ov, e mais do que isso, graças às ovelhas. Vejo o quanto eu sou privilegiada por ter tido contato com tantas mulheres incríveis e por ter norteado toda a minha caminhada com o objetivo único de transformar a vida delas através da marca. Na verdade, quem se transformou foi a Pastora aqui, e isso só me traz mais certeza de que o nosso futuro é juntas 🙂
Em outubro a Ov completou seus 9 anos de existência, e eu geralmente, comemoro o aniversário da marca em 21 de outubro, mas foi um mês atípico: ganhei mais um motivo pra comemorar no dia 19, quando nasceu meu filho! Nossa ovelhinha tão esperada chegou super pertinho dessa outra celebração tão importante na minha vida ♥
Nós ainda vamos comemorar, e amanhã mesmo eu libero uma surpresinha em agradecimento às minhas ovelhas aqui pelo site da Ov. Minha motivação maior é por poder fazer minhas ovelhas felizes, plenas e realizadas da mesma forma que vocês fazem comigo. Seguimos juntas, como sempre.
Com tanto amor,
Pastora
