Ov Intimates

Sem retoques

O olhar sensível sobre o feminino é uma das bases da Ov como marca. Saber enxergar a beleza em cada singularidade, em cada corpo, em cada mulher. Andressa Lopes, que está a frente de algumas fotos da marca, e atrás das lentes que captam nossos produtos e valores, conversou com o blog da Ov para contar um pouco sobre sua relação com a fotografia e olhar do outro sobre nós:

Blog da Ov: Quando você decidiu assumir um primeiro projeto como fotógrafa?

Andressa: Sempre achei legal fotografia e depois de aprender algumas coisas, comecei fotografar para minha marca. No ano passado comecei também a ajudar uma amiga como segunda fotógrafa em casamentos. Quando a Duda me fez o convite pensei que não havia motivos para não aceitar. Gostei do resultado e ela também! E agora estamos pensando juntas em várias ideias.

Qual seu olhar sobre ensaios de lingerie, como mulher?

Cada tipo de ensaio tende a valorizar uma coisa diferente. Mas, num ensaio com a intenção de fotografar para a mulher em si, acredito que a naturalidade é que tem que ser valorizada. E, para mim, naturalidade não é sobre não fazer nenhuma pose, e sim sobre deixar que o que é natural daquela mulher aconteça. Acho que a sensualidade está ligada ao que é natural também. Cada pessoa pode ser sensual de várias maneiras, em momentos cotidianos ou não.

E você não usa photoshop, por quê?

Na verdade, não tive que decidir a respeito, apenas não uso e não tenho interesse em usar também, as edições que faço interferem apenas na cor e luz. Valorizo os corpos como são e não usaria nada que os modificasse.

Acredita que a pós-produção/tratamento tenha construído (ajudado a construir) uma imagem inatingível de corpo feminino?

Sem dúvidas. Todas as mulheres que se deparam com as capas de revista já devem ter se sentido frustradas com os seus próprios corpos. Cirurgias desenfreadas, tratamentos dolorosos onde não se questiona o motivo ou se é uma vontade real de fazer para você mesma ou para se encaixar na imagem que a mídia valoriza.

Acredita que isso vá mudar? Como?

Eu entendo que a única maneira de mudar esse imaginário padrão do corpo perfeito seria a mídia em geral começar a mostrar e valorizar os corpos diversos. Sem retocar ou modificar. Para que todas se sintam identificadas e entendam o valor que o nosso corpo tem do jeitinho que ele é. Não é um problema de maneira alguma querer modificá-lo, mas é preciso compreender os reais motivos, entender o quanto isso mudaria sua vida e a sua visão sobre si. Embora sejamos construídos pelo olhar do outro, é preciso que a gente reflita e pense sobre que olhar é esse, se ele realmente cabe em nós e se podemos nos desvincular dele para mudar um pouco o nosso olhar também.

Por esta sensibilidade que Andressa é hoje responsável por captar a essência da Ov em imagens, compartilhando valores nos quais acreditamos e buscamos difundir com as peças e discursos da nossa marca.